sexta-feira, 15 de julho de 2011

Caos de uma só porta

Toca alma e bata à minha porta. Abra-a! Como num milagre infame abra todo o resto que está trancado. Abra  também as janelas e lhes quebrem seus vidros, quebrem todo o resto do que está aberto. Mas que seja intenso e que não me sobrem cacos.
Abra os ouvidos e bata à minha porta. Abra-a! Como numa praga celestial feche todo resto que está aberto. Feche também as frestas por onde entra luz e sele com cola todos os vãos do piso. Lacre as costelas de meu peito para que delas não sobre um só caco!
Abra as portas do hospício e mantenha seus olhos bem fechados, porque eu cheguei!

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