sábado, 23 de julho de 2011

Mil Olhos

 Podes ver nesta imagem de ninguém,
Onde minha alma flutua no olhar que me conforta
De mil cores, matizes de um canson além.
Tocam-me à retina velhos senhores,
Um novo mundo se abre de meus cinzas bate à porta.

São meus mil olhos, novas cores!

Podes enxergar nesta imagem um alguém?
Onde as grades da alma dizem: - Não me implorem!
No branco de meu canson agora contém
Uma resplandecência em tons sortidos
Que as pontas do velho grafite não colorem...

São meus mil olhos, enxerga tudo colorido!

Vês agora o fim das obscuridades?
Em meus tons cinzas que tingiam minha sepultura
Porque enfim me libertei de todas as grades
Que dos traços não mais há crises
E minha alma se desvencilhou de todas as ataduras.

São meus mil olhos, a visão em novas matizes!


Então agora vejo como formas num espelho
O que minha visão reflete de norte a sul,
Todavia posso sempre realçar o vermelho
Assim se desejar ou meus mil olhos sentir.
Posso também carregar no azul!

São meus mil olhos, tudo que posso colorir!

Naturalmente os traços desvanecem em desgaste
Como na genealogia de: avô, pai e filho.
Na ponta de meus lápis de definem os contrastes
Do azul celeste, do azul cobalto e azul oceano
Eles de emaranham nas formas e brilhos...

São meus mil olhos, nos tons de ciano!


A cor enfim se desvanece em forma lenta
De seu degrade em volta de tudo que olho.
Porque a terra de onde nasci era em tom magenta

Salpicada pelas guias com um pouco da cal
Meu céu em azul petróleo
São meus mil olhos, num colorido digital!

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