quinta-feira, 21 de julho de 2011

As Linhas da Solidão

Vês que ninguém, nem segurança, nem escolta
A tristeza em ti no peito é maior,
Porque só o vazio tens em volta
E só o nada tens ao seu redor.

Pensamentos insanos é o que te confortas
Na falsa alegria de quimeras e vinténs,
Alguém por fim bate à sua porta
E quando atendes não vês ninguém.

Compra-se amor aos tubos?
Teus pensamentos, chaga maldita destas vinhas
Porque o que lhe resta são os cubos
A te observar nas perspectivas destas linhas.

Em teus pensamentos tua testa
Na  tristeza que que exprime e se enruga,
Teus cubos a ti fazem festa
Nesta marcha de desespero e fuga!

Nada mais a ti se divide ou multiplica
Nem tão pouco do resto carnal se subtrai ou soma,
A estas linhas tua solidão se aplica
De tua cidade natal, Sodoma.

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